UH nº 007/21 – Atrasos na liberação de carga em Guarulhos comprometem serviços e lotam terminais, alerta SINDASP
Prezado(a)s Associado(a)s
São Paulo, 4 de março de 2021.
UH 007/21
Atrasos na liberação de carga em Guarulhos comprometem serviços e lotam terminais, alerta SINDASP
Os dois maiores aeroportos cargueiros do Brasil, Viracopos e Guarulhos, termômetros da movimentação da carga aérea no país, registraram aumentos significativos neste início de 2021.
Viracopos registrou em janeiro alta na importação, atingindo 36,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 10,9 mil toneladas. Já a exportação avançou 63,9% no mês de janeiro em relação ao mesmo mês de 2020, com um total de 5,8 mil toneladas de carga.
Atrasos na liberação – Embora Guarulhos não tenha divulgado seus números, de acordo com relatos do SINDASP – Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo – entidade que representa a categoria responsável por cerca de 95% das operações de comércio exterior brasileiro, os atrasos estão em níveis intoleráveis no terminal. “Estamos monitorando todos os tempos e chegamos em um momento de prazos inadmissíveis para quem opta pelo modal aéreo e, por isso mesmo, quer agilidade para retirar sua carga”, revela Marcos Farneze, presidente do SINDASP.
Fechamento de Fronteiras – Consultada, a assessoria de imprensa em Guarulhos, através do assessor Eduardo, explicou ao Portal Log News que o fenômeno de crescimento da carga em fevereiro ocorrido em Guarulhos é atribuído ao fechamento de fronteiras em todo o mundo por conta da pandemia. Segundo a assessoria, o fluxo de pessoas está limitado e para a carga aérea não há nenhuma restrição. Por isso, essa migração desse transporte de mercadorias, informou a assessoria, dando como exemplo a relação atual desse fluxo com os EUA.
Além disso, a assessoria informou ainda que ocorreram dois voos cargueiros, para o setor automotivo, realizados em um avião de passageiro, motivado pela pandemia e o fechamento de fronteiras – que resultou na queda da oferta de voos e, por consequência, na diminuição na capacidade de transportar carga na “barriga” de jatos de passageiros. Foram duas grandes operações do setor automotivo, pela empresa “TUI”, com peças automotivas, utilizando o Boeing 787 da Cia. Aérea holandesa, transportando autopeças.
Cargas não localizadas – Diante de insistentes pedidos de medidas emergenciais de alguns setores ao lado do SINDASP, a GRU Airport – Concessionária que administra o Aeroporto – divulgou medidas emergenciais, que, todavia, ainda não surtiram o efeito desejado. “Nada mudou. Esse atraso já causa impactos chegando, inclusive, ao ponto de não localizarem cargas nos Terminais”, finaliza Farneze.
O SINDASP divulgou alguns problemas identificados, desde a chegada até a entrega da carga, sendo que os principais são:
ARMAZÉM DE EXPORTAÇÃO
· Atraso no agendamento de recebimento das cargas;
· Atraso na entrega das cargas para as Cias. Aéreas;
· Cargas não localizadas no armazém de exportação.
ARMAZÉM DE IMPORTAÇÃO
· Atracação – atrasos de mais de 24 horas, sem considerar finais de semana;
· Atrasos nas informações do Mantra, de presença de cargas e outros do gênero;
·Problemas nas armazenagens – demora de até 5 horas para o cálculo de armazenagens;
· Cargas não localizadas no armazém de importação;
· Falta horário para agendamento no sistema CMS;
· Atraso na entrega e liberação das cargas agendadas, média de 12 horas.
Atenciosamente,
Marcos Farneze
Presidente